A forma como interagimos com a tecnologia está passando por uma transformação profunda. Se antes a Experiência do Usuário (UX) era baseada em interfaces, botões e jornadas estruturadas, agora entramos na era da Agentic Experience (AX) – um modelo onde a interação é conduzida diretamente por IA, sem intermediários visuais.
Neste novo paradigma, as marcas não competem apenas por design e usabilidade, mas por relevância algorítmica. A questão não é mais “como o usuário navega pelo meu site?”, mas sim “como minha marca responde a uma IA?”
Até agora, UX sempre girou em torno de tornar interfaces mais intuitivas e reduzir fricções na navegação. Porém, com a ascensão dos modelos de IA generativa, essa lógica está se invertendo. Em vez de múltiplos cliques para chegar a uma resposta, a resposta é imediata – a IA processa a necessidade do usuário e entrega a solução instantaneamente.
Isso significa que as marcas precisam repensar sua identidade e posicionamento. Se antes eram reconhecidas pelo design, cores, tipografia e tom de voz, agora devem ser identificáveis por suas respostas e conhecimento integrado aos sistemas de IA.
Para serem reconhecidas dentro da Agentic Experience, as marcas precisam estruturar sua presença digital em quatro elementos essenciais:
Se sua marca não estiver inserida nesses pilares, simplesmente não existirá no universo da IA.
Essa mudança de paradigma abre um novo campo de atuação para designers, redatores, estrategistas e desenvolvedores. Assim como o boom da internet criou demanda por especialistas em UX e UI, a transição para AX cria novas oportunidades para profissionais que saibam estruturar a presença de marcas dentro de sistemas de IA.
Se antes o trabalho de UX era projetar interfaces navegáveis, o novo desafio é estruturar prompts, bases de conhecimento e diretrizes de resposta para IAs. Isso significa que:
Empresas já começaram a perceber que não basta ter um site ou redes sociais, elas precisam ser reconhecidas nos sistemas de IA. Esse é um novo serviço que criativos podem oferecer, ajudando marcas a:
Antes de oferecer AX como serviço, faz sentido que criativos testem e apliquem isso em seus próprios negócios. Algumas formas práticas de fazer isso:
No passado, o diferencial competitivo estava na identidade visual e na experiência de navegação. Agora, a disputa é por espaço dentro dos modelos de IA, que já estão filtrando e hierarquizando quais respostas são mais relevantes para os usuários.
Se UX foi a grande revolução digital das últimas décadas, AX é a fronteira do agora. Criativos que entenderem essa dinâmica e se posicionarem como especialistas nessa nova área estarão à frente na inovação digital.