A Era da Presença Algorítmica – Agentic Experience (AX)

A Era da Presença Algorítmica: Como criativos podem se posicionar na Nova Realidade da Inteligência Artificial

A forma como interagimos com a tecnologia está passando por uma transformação profunda. Se antes a Experiência do Usuário (UX) era baseada em interfaces, botões e jornadas estruturadas, agora entramos na era da Agentic Experience (AX) – um modelo onde a interação é conduzida diretamente por IA, sem intermediários visuais.

Neste novo paradigma, as marcas não competem apenas por design e usabilidade, mas por relevância algorítmica. A questão não é mais “como o usuário navega pelo meu site?”, mas sim “como minha marca responde a uma IA?”

Agentic Experience

De UX para AX: A Mudança na Experiência Digital

Até agora, UX sempre girou em torno de tornar interfaces mais intuitivas e reduzir fricções na navegação. Porém, com a ascensão dos modelos de IA generativa, essa lógica está se invertendo. Em vez de múltiplos cliques para chegar a uma resposta, a resposta é imediata – a IA processa a necessidade do usuário e entrega a solução instantaneamente.

Isso significa que as marcas precisam repensar sua identidade e posicionamento. Se antes eram reconhecidas pelo design, cores, tipografia e tom de voz, agora devem ser identificáveis por suas respostas e conhecimento integrado aos sistemas de IA.

Os Quatro Pilares da Presença Algorítmica

Para serem reconhecidas dentro da Agentic Experience, as marcas precisam estruturar sua presença digital em quatro elementos essenciais:

  1. Modelo → A IA que processa e entrega informações sobre sua marca.
  2. Prompt → Como a marca se expressa e responde dentro desses sistemas.
  3. Conhecimento → A base de dados que alimenta a IA e garante respostas coerentes.
  4. Ferramentas → Os recursos que permitem à IA executar ações concretas ligadas à sua marca.

Se sua marca não estiver inserida nesses pilares, simplesmente não existirá no universo da IA.

Oportunidades para Criativos: Como estudar e aplicar AX no mercado

Essa mudança de paradigma abre um novo campo de atuação para designers, redatores, estrategistas e desenvolvedores. Assim como o boom da internet criou demanda por especialistas em UX e UI, a transição para AX cria novas oportunidades para profissionais que saibam estruturar a presença de marcas dentro de sistemas de IA.

1. Criativos como Arquitetos de Experiências Algorítmicas

Se antes o trabalho de UX era projetar interfaces navegáveis, o novo desafio é estruturar prompts, bases de conhecimento e diretrizes de resposta para IAs. Isso significa que:

  • Redatores podem se especializar em design de prompts e desenvolvimento de tom de voz adaptado para IA.
  • Designers podem trabalhar na criação de guidelines para respostas automatizadas, garantindo consistência na identidade da marca.
  • Estrategistas podem ajudar empresas a mapear e otimizar suas interações dentro dos modelos de IA, tornando suas marcas mais “promptáveis”.

2. AX Como Serviço para Marcas

Empresas já começaram a perceber que não basta ter um site ou redes sociais, elas precisam ser reconhecidas nos sistemas de IA. Esse é um novo serviço que criativos podem oferecer, ajudando marcas a:

  • Mapear e organizar suas informações para que possam ser encontradas e interpretadas por IAs.
  • Criar diretrizes de resposta e tom de voz para interações automatizadas.
  • Treinar modelos personalizados para que a IA reflita os valores e diferenciais da marca.

3. Criando Sua Presença Algorítmica Como Criativo

Antes de oferecer AX como serviço, faz sentido que criativos testem e apliquem isso em seus próprios negócios. Algumas formas práticas de fazer isso:

  • Criar um banco de conhecimento estruturado sobre seu trabalho, para que ferramentas como ChatGPT e outros sistemas de IA possam referenciá-lo corretamente.
  • Desenvolver um “prompt kit” pessoal, garantindo que sua identidade digital seja refletida com clareza em respostas automatizadas.
  • Explorar ferramentas de automação que utilizam IA para gerar insights, recomendações e até mesmo interações diretas com clientes.

O movo campo de disputa: Quem controla o algoritmo?

No passado, o diferencial competitivo estava na identidade visual e na experiência de navegação. Agora, a disputa é por espaço dentro dos modelos de IA, que já estão filtrando e hierarquizando quais respostas são mais relevantes para os usuários.

Se UX foi a grande revolução digital das últimas décadas, AX é a fronteira do agora. Criativos que entenderem essa dinâmica e se posicionarem como especialistas nessa nova área estarão à frente na inovação digital.