Trombei o vídeo desse jovem a alguns dias e achei muito interessante a opinião. Hoje em dia, é raro ver alguém da própria geração refletindo com tanta clareza e sinceridade sobre o que é, de fato, ser criativo. Parabéns, Gus Marsola.
Artigo baseado no vídeo “Você não é criativo, e a culpa é sua” do canal Gus Marsola.
Gus propõe uma analogia direta com a academia: ninguém espera ganhar músculos sem treinar. Do mesmo jeito, ninguém deveria esperar ser criativo sem exercitar a criatividade no dia a dia.
Você não começa sua jornada pegando 100kg no supino, do mesmo jeito que não vai criar o projeto da sua vida no primeiro rascunho. Criar ideias ruins faz parte do processo. Na verdade, é o único caminho possível.
O desejo de criar “o projeto perfeito” pode te paralisar. A frustração por não ter viralizado logo no começo do canal, perfil ou projeto também. Mas você não chega ao vídeo número 100 sem fazer os primeiros 99.
E mais: é perigoso viralizar cedo demais. Você pode se tornar refém do conteúdo que deu certo, mesmo que ele não represente quem você é ou o que você quer construir. Isso drena a autenticidade e te desconecta da sua identidade criativa.
Vivemos numa era em que a retenção, os ganchos e os vídeos curtos dominam. Isso moldou a forma como criamos. Mas segundo Gus, isso não deveria ser o que nos move.
“No fundo, as pessoas não se conectam com coisas. Elas se conectam com outras pessoas.”
Ou seja, não adianta tentar ser único só por ser único. Tudo já foi dito, tudo já foi feito. O que diferencia você é o modo como junta suas referências e limitações. É isso que torna algo verdadeiramente autêntico.
Buscar referências é importante, mas se afundar em 500 abas abertas, comparando ideias sem agir, é uma armadilha comum. O próprio Gus confessa: “Fico com um monte de ideia boa e não sei por onde começar”.
A dica? Consuma menos e crie mais.
Escolha uma referência. Uma só. E crie algo com o que você tem agora. Do seu jeito. Com suas limitações. Isso vai te dar mais identidade do que qualquer banco de ideias perfeitas.
No fim das contas, criatividade exige ação. Fazer mesmo sem ter certeza. Publicar mesmo sem achar que está pronto. E entender que errar faz parte do processo.
Você não precisa ser um coach da produtividade para entender que:
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